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segunda-feira, 18 de julho de 2011

carneadeira















a minha faca prateada
que carrego na cintura
tem um palmo de foia
e dois dedo de largura

esta faca prateada
trabalha qual formiga
quando em vez da uns bote
qualcascavel numa briga

quando firmo bem no cabo
nela do uma chairada
recordo dum touro brabo
das aspa bem afiada

foi no fogo das peleia
que teu aço foi forjado
hoje o sangue que campeia
são dos bixo carneado

tu nunca andas sozinha
és o braço direito
sempre dentro da bainha
deste gaucho de respeito

tu não serve praaparar casco
e quando chega o domingo
encilho bem o pingo
só pra lidar num churrasco

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A RAIZ DAS MISSÕES




la vem os padres JESUITAS

com suas historias escritas

fundar as reduções

fazendo reuniões

deste povo nativista

abençoando a conquista

das novas demarcações


PORTUGUESES foram os herois

do MAMPITIBA ao GRAVATAY

acabresto os ESPANÕIS

vem botar a sua marca

anos jacontavam na tarca

e aquela estranha figura

lhe encinaram agricultura

ja nãoeram mais andantes

guapo povo bravo

não escapou de ser escravo

pelos malevas Bandeirantes


valiosa mão de obranas Fazendas do Nordeste

que não paga mas cobra

o que come o que veste

quando os de Batina

seguiam algum rasto

deixaram no pasto

Miles de gado ALACRIA

eram xucros da Vacaria

que no mastro dos paulista

eram ideais de BANDEIRA


A LO Largo os SETE POVOS

São lourenço,Santo Angelo

São Nicolau, vem as estancia

a Erva mate era o ouro

A estração do couro

SÃO Borja e São Luiz Gonzaga

tempo de descançar as adaga

mas nuncaapear do cavalo


laguna o tal rincão

paradouro dos tropeiro

vinham campear a criação

no pampa tinha A LA GORDACHA

OS viventes da cachaça

se entreveraram ao churrasco

e na panela de ferro

ja não mais escuitava o berro

daquele boi CARRETEIRO




terça-feira, 5 de julho de 2011

Vozes Rurais - João de Almeida Neto

EIS O NEGRINHO

DEPOIS DE perder¨ a carreira
e as miles de onça pro vizindario
ficou vazia a guaiaca
fincou o NEGRO na estaca
entre as aves agoeiras
pensando em NOSSA SENHORA
saiu campo a fora
uma vela nas mão
a guiar os pés do negrinho
tenteando campear um caminho
e gracias a um clarão
bombeou no alto da coxilha
pastando abela tropilha
e ao reculutar sem rodeio¨
trouxe de volta o pastoreio
            )(
mas o culpado da mau criação
foi o filho do patrão
um verdadeiro lacaio
que novamente espanto o BAIO
segundo JOÃO SIMÔES
nem se quer as confições
livrou o pêlego
do gurizito campeiro
DA boca do FORMIGUEIRO
E a lo largo em diante
por três seguidas noites
rondava o sono
um sonho de cerração
e quando viu que assombração
vivo o escravo entre trinta tordilho
caiu logo de joelho
emplorando seu PERDÃO
            )(
E de em pêlo montou no pingo
e saiu BATENDO NA MARCA
agarradito nas crina
sem espora no garrão
virou SANTO de qualquer CRISTÃO
QUE  perdece que era de apego
MAS TEM UM PORÉM
que a historia não destaca
que o xiru por alguém
foi por vil degolado
vejam pela propria faca
que servia pras carneada
nas lides desta alma penada
E AO FIDAR ESTE CONTO
QUEMcontar aumente um ponto
          )(
E´a mais GUAPAdas lenda
escrita neste rinção
E´contada nas fazenda
AO pe´do fogo de chão
daquelas de arrepiar o toso
e enfartar o coração
se o mate do JOÃO CARDOSO
demorar mais um tempão
                                      guilherme moralles
                                       pelotas--republica rRIO GRANDENSE

domingo, 3 de julho de 2011






Cheiro de terra molhada
prenúncio de chuvarada
vais espantar a estiada
que castiga o campo semeado
gastei o disco do arado
deixando o boi cançado
foi “ala cria” a urucubaca
“la pucha” meu tordilho
vai poder comer o milho
e as palha vão pras vaca
                 
A lida cá na campanha
segue engordando a porcada
dando peso de banha
mais um tanto pra feijoada
deposi de todas  tosada
agradece a peonada
pela ovelha carneada
mas que baita churrasqueada!!
enquanto a cabeça é secada
 lambe o dangue a cachorrada
                           
Que vivência mais campeira
quando vem algum mormaço
é dia de curar bixeira
e dar serviço pro laço
e campear algma cordeira
Quando vem algum mormaço
desgarrada pelocansaço
remendar uma porteira arrebentada num trompaço
                                       
É no cabo do machado
num tronco bem falquejado
que se faz cocho no gado
e o resto da madeira
se arrasta pro corredorm
moerão fincado pelo socador
sete fio lá na mangueira
pra não escapar a terneira
serviçode almbrador
                      
Lá no rancho da xirua
quem cuida do fogão
prepara o chimarrão
sem  deixar a bóia crua
varre o cisco no oitão
cata os ovo no galpão
sempre com muito capricho
 e a noite apenas a lua
sabe do nosso cambicho

Guilherme Moralles

República Riograndense PELOTAS




Mucama china do patrão
Pra tudo tem serventia
A mulata do casarão
Apenas chinoca de cria
Batia sanga na sanga
Enquanto puxa pelota
No arroio ida e volta
 O escravo, boi da canga
Era a fartura do charque
E foi por esta economia
Alimento de destaque
O Rio Grande bancou o ataque
Antes do clarear do dia
                 
 Na senzala o silêncio cala
Só a faísca do facão
Ilumina a escuridão
Eé um canto que fala
Guerreiro santo que embala
A dança ou religião
Ninguém morre ou mata
É pra curar a chibata
Que dói a alma e o coração
Quando o mandalete maltrata
O lombo do outro irmão
Não importa quanto doa
A consciência jamais perdoa
Quem perde a razão
            
E a mão negra
Que chairou a faca
No couro do gado
A mesma do barro socado
Donde saiu telha e tijolo
Tu seguiste sendo o miolo
Guasca de muita importância
Na cozinha e no galpão
Ergueste as Estância
Embora houvesse ignorância
De te manter na escravidão
Mas tua raça era liberta
 E se fez descoberta
No corpo lanceiro da Revolução
                 
O desgarreteador  virou lança
Boleadeiras saíram ao léo
Rumo a campear esperança
Do inimigo levar um  buléo
De em pelo sem espora
O sangue era a tinta da pena
Liberdade escrita sem pena
Nos anais virou lenda
Pastoreio nome fez juz
E graças a tua luz
que é um pavio da vela
que tu não” junta as canela”
e anda a rondar as fazenda
no ofício de  changueador



Guilherme Moralles
República Riograndense
PELOTAS



Este guasca já galo
Antes mesmo de ser pinto
teve por instinto
quebrar a casca num estalo
saiu bicando os do ninho
no tambor dos terreiro
peleando a duras PENAS
Hoje arrasta as chilenas
batendo as asas sem jeito
estufando o peito
no calor dos rinhedeiro

Erguendo a crista no careio
qerendo bolear o otro
relembro também dos potro
que não respeitava o freio
Este bicho COLORADO
de alma e fibra farrapa
quase que não se escapa
de ali ficar espichado
por conta de um penacho
que ele ganhou por baixo
de um CINZA metido a macho

Bamo, bamo galitio!
Este é o tal grito
que ecoa com efervecência
ao redor do entreveiro
sem escutar a clemência
e quem já perdeu a sorte
mas foge inté a morte
somente pelo dinheiro

Mas são os de espada
dos negros de trinta e cinco
tuas unha muy afiadas
 honrrando o Rui Grande a finco
onde a maior conquista é nunca perder de vista
Aatradição da campanha
de gaúcho soberano
quando o sangue ferve da canha
numa peleia de mano



Guilherme Moralles
República Riograndense
PELOTAS