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terça-feira, 5 de julho de 2011

Vozes Rurais - João de Almeida Neto

EIS O NEGRINHO

DEPOIS DE perder¨ a carreira
e as miles de onça pro vizindario
ficou vazia a guaiaca
fincou o NEGRO na estaca
entre as aves agoeiras
pensando em NOSSA SENHORA
saiu campo a fora
uma vela nas mão
a guiar os pés do negrinho
tenteando campear um caminho
e gracias a um clarão
bombeou no alto da coxilha
pastando abela tropilha
e ao reculutar sem rodeio¨
trouxe de volta o pastoreio
            )(
mas o culpado da mau criação
foi o filho do patrão
um verdadeiro lacaio
que novamente espanto o BAIO
segundo JOÃO SIMÔES
nem se quer as confições
livrou o pêlego
do gurizito campeiro
DA boca do FORMIGUEIRO
E a lo largo em diante
por três seguidas noites
rondava o sono
um sonho de cerração
e quando viu que assombração
vivo o escravo entre trinta tordilho
caiu logo de joelho
emplorando seu PERDÃO
            )(
E de em pêlo montou no pingo
e saiu BATENDO NA MARCA
agarradito nas crina
sem espora no garrão
virou SANTO de qualquer CRISTÃO
QUE  perdece que era de apego
MAS TEM UM PORÉM
que a historia não destaca
que o xiru por alguém
foi por vil degolado
vejam pela propria faca
que servia pras carneada
nas lides desta alma penada
E AO FIDAR ESTE CONTO
QUEMcontar aumente um ponto
          )(
E´a mais GUAPAdas lenda
escrita neste rinção
E´contada nas fazenda
AO pe´do fogo de chão
daquelas de arrepiar o toso
e enfartar o coração
se o mate do JOÃO CARDOSO
demorar mais um tempão
                                      guilherme moralles
                                       pelotas--republica rRIO GRANDENSE