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domingo, 3 de julho de 2011






Cheiro de terra molhada
prenúncio de chuvarada
vais espantar a estiada
que castiga o campo semeado
gastei o disco do arado
deixando o boi cançado
foi “ala cria” a urucubaca
“la pucha” meu tordilho
vai poder comer o milho
e as palha vão pras vaca
                 
A lida cá na campanha
segue engordando a porcada
dando peso de banha
mais um tanto pra feijoada
deposi de todas  tosada
agradece a peonada
pela ovelha carneada
mas que baita churrasqueada!!
enquanto a cabeça é secada
 lambe o dangue a cachorrada
                           
Que vivência mais campeira
quando vem algum mormaço
é dia de curar bixeira
e dar serviço pro laço
e campear algma cordeira
Quando vem algum mormaço
desgarrada pelocansaço
remendar uma porteira arrebentada num trompaço
                                       
É no cabo do machado
num tronco bem falquejado
que se faz cocho no gado
e o resto da madeira
se arrasta pro corredorm
moerão fincado pelo socador
sete fio lá na mangueira
pra não escapar a terneira
serviçode almbrador
                      
Lá no rancho da xirua
quem cuida do fogão
prepara o chimarrão
sem  deixar a bóia crua
varre o cisco no oitão
cata os ovo no galpão
sempre com muito capricho
 e a noite apenas a lua
sabe do nosso cambicho

Guilherme Moralles

República Riograndense PELOTAS

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